quinta-feira, 11 de abril de 2013

Refletindo - o rastro de luz e outras questões

Já virou lugar comum dizer por aí que quando a gente se transforma, o mundo se transforma. Na verdade, entendo que seja mais do que a frase clichezenta quer dizer. Quando a gente se propõe a mudar, essa energia acaba acarretando transformações no nosso entorno, não por um mero efeito de interpretação do mundo, mas - eu acho - por efetiva mudança no padrão.

Nesse último mês, com essa dinâmica de atividade física, dieta e consultas médicas, vi uma colega voltar à dieta (prescrita pela nutricionista que fez a minha), um outro consultar a mesma profissional e praticar atividade física, e hoje tive uma conversa com meu professor de musculação muito interessante (interessante a conversa ou o professor? ambos).

Então: hoje novamente ele elogiou minha motivação e, sabe-se lá porque, se sentiu à vontade para compartilhar um pouco de umas questões dele. Disse que estava precisando se cuidar também, que andou muito focado no trabalho e desanimado de malhar, falou por alto de umas situações em que ele sentia que precisava ser mais assertivo e se valorizar mais... conversamos disso e identifiquei que muitas vezes caio/ caí nessas esparrelas também... e aí me pego agora refletindo: não é aí que muitas vezes começa a alienação corporal na gente? Em valorizar mais o trabalho, o outro, e acabar não separando um espaço pra gente. Pra cuidar da nossa saúde, de corpo, mente e espírito. Pra reconectar. Pra desautomatizar.

O judaísmo dá muito valor à reconexão. Não há, que eu saiba, disciplinas dentro da mística judaica que tratem especificamente da parte corporal. Mas o conceito de separar um tempo/espaço sagrado é muito caro à mística judaica, se não for central - a importância do Shabat, a interpretação da saída do Egito como saída do mundo do automatismo da matéria e entrada num outro estado de consciência, a meu ver, ilustram isso. E no fim das contas é isso: se a busca não for por um ser mais integrado e mais consciente, não serve de muita coisa.

Nesse sentido também, decidi fazer dança cigana. Acho importante integrar essa dinâmica de aumentar a atividade física com coisas que, espiritualmente/ artisticamente, me fazem bem.

Para além da questão do exemplo propriamente dito, acho que promover mudanças em si mesma, mudanças que se originem do cuidado consigo, faz com que os homens prestem mais atenção. E gosto disso.

Enfim, acho que a energia que a gente imprime na nossa vida, no nosso cosmo, acaba movimentando energias fora, e talvez desperte algumas pessoas - por isso falei do rastro de luz. Que nunca essa luz nos falte!




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